sábado, 18 de junho de 2011

SAP (Semana de Apresentação de Pesquisas)

No quarto dia da SAP (Semana de Apresentação de Pesquisas), que contou com a presença do Prof. Ms. Fabrício Deffacci, do Prof. Ms. Daniel Reis Lima Mendes da Silva, do Prof. Ms. Pe. Márcio Coelho, da Profª Edna Aparecida Pellegrini, da Profª Izabel Loretti Novo e da Profª Camila Peres, foi a vez dos seminaristas Cristóvão e Marcos exporem suas monografias.
O seminarista Cristóvão, cujo tema de sua monografia foi “Reificação e consciência de classe na perspectiva lukacsiana”, afirmou que Georg Lukács – filósofo marxista – acreditava que só a partir do devir histórico ocorre a superação da autonomia dada pelas coisas e dos conceitos das coisas, pois este devir suprime esta autonomia dos momentos. Lukács defendia a ideia de que a essência da história reside na modificação das formas estruturais por intermédio das quais se opera a confrontação do homem com o meio e que determinam a objetividade da sua vida “interior e exterior”. O trabalhador, ao superar o estado em que se encontra, tende, necessariamente, à totalidade que, para Lukács, é a consciência da classe proletária. As contradições contidas no processo histórico geram a conscientização do proletariado que se transforma em ação, a partir da dialética proletária. Com a unificação da teoria e da práxis, conquistou-se a possibilidade de se transformar a história. Vale a máxima de Lukács: “O mundo não deve ser tomado como um complexo de coisas acabadas, mas como um complexo de processos”. O homem, mesmo sendo explorado pelas classes dominantes, não se conforma; ao contrário, busca a superação. E tal superação visa à liberdade.
Prestigiando a apresentação do seminarista Marcos, esteve presente o Pe. Moacir Aparecido de Freitas, Pároco da Paróquia Santa Tereza, de Ibitinga – Paróquia de origem do seminarista Marcos. A monografia deste, baseada no pensamento do filósofo Antonio Gramsci, apresentou o seguinte tema: “A relação entre hegemonia e intelectual orgânico no pensamento de Antonio Gramsci”, propondo uma análise entre hegemonia e o intelectual orgânico, fazendo-nos compreender qual o papel do intelectual dentro da classe hegemônica. Para tanto, Marcos partiu de três pressupostos, a saber: a pessoa do intelectual, a escola (onde ocorre o ensino) e a hegemonia (controle cultural, social e político). Gramsci contrapõe a escola de sua época, visando a escola prática (junção entre a teoria e a prática), formando um novo intelectual: o intelectual que questiona. Ao lado da classe dominante, o intelectual orgânico possui a missão de fazer com que essa hegemonia não se desvincule. Estando junto à classe subalterna, o intelectual orgânico deve trabalhar com o intuito de que esta classe menos favorecida torne-se hegemônica. Daí a importância de se propor, a critério de ensino, o modelo de escola unitária, onde o saber prático dá-se de maneira desinteressada, disseminando uma nova visão de mundo.


Ir. Rogério Dinato, agromonge

Nenhum comentário:

Postar um comentário