sábado, 16 de outubro de 2010

(Resenha) A Era das Revoluções - Capítulo 2: A Revolução Industrial

Os alunos do 2º ano de Filosofia, estão participando do seminário sobre A era das Revoluções de Eric Hobesbawm, serão publicados as resenhas. Vale apena acompanhar.
Prof. Ms Ulisses Abruzio

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Na Idade Média as heresias e principais Concílios

Por Ricardo Alexandre Pinto

Através deste trabalho monográfico, tentarei expor fatores que muito influenciaram o período histórico denominado Idade Média.
Vários acontecimentos ocorreram para que essa época fosse conhecida nos dias de hoje. A renovação imperial se deu através do Imperador Pepino, o Breve através da doação à Igreja de toda Itália central, sendo estabelecido, assim, o patrimônio de São Pedro. Quando se fala em Idade Média, lembra-se imediatamente a pobreza em que viviam as pessoas.
Nesse meio, aparecem homens de boa vontade para tentarem amenizar tal realidade. Desde a figura episcopal como “pai dos pobres” culminando com o resgate das obras de misericórdia, que devem ser encaradas como desfio da época, até a tradição e novidades em São Domingos e São Francisco.
O aparecimento do monaquismo foi um grande acontecimento, é graças aos monges que podemos ler e estudar os grandes clássicos, “temos cultura”. Vários movimentos se destacam em defesa a fé e zelo elas almas, tais como: a Inquisição e as cruzadas.
Surgem vários movimentos contrários ao da doutrina eclesiástica, denominado heresias. Convocam-se alguns concílios com o propósito de auxiliar a disciplina eclesiástica em comunhão com o povo de Deus.


Orígenes: a relação entre filosofia e fé

Por Leo Fernando Sambini

Este trabalho mostra qual é a relação ente filosofia e fé segundo o Padre da Igreja, Orígenes. E num primeiro momento foi um trabalhado a Patrística, que é a época filosófica do qual ele se integra. Num segundo momento foi desenvolvido toda a vida de Orígenes, incluindo os seus escritos, que são importantes para se entender o seu pensamento. E também mostrando as dificuldades ao qual ele teve que enfrentar em sua caminhada, mas também apresentava, devido a sua brilhante inteligência e seu exemplo de vida. E num terceiro momento, ocorre a exposição de todo o seu pensamento, mostrando todos os seus conceitos sobre Deus e sobre a criação, do qual Orígenes vai defender utilizando como um instrumento a filosofia.
E por fim, é apresentado a resposta para a questão de todo o trabalho. Segundo Orígenes, é possível a relação entre filosofia e fé?

A liberdade no interior da escravidão: a liberdade da consciência a partir da dialética hegeliana do senhor escravo, na obra Fenomenologia do Espírito

                Por Paulo Eduardo Roda

A dialética do Senhor e do Escravo de Hegel representa, segundo uma metáfora, uma racionalidade dialética que faz o Universo funcionar como um grande pensamento movendo-se pela tríade: tese, antítese e síntese. Tudo na filosofia, inclusive no sistema hegeliano, bem como na história, move-se a partir dessa tríade. A dialética é a história do espírito, é a contradição do pensamento que parte de uma afirmação à negação, sem que o negado seja excluído, pois o mesmo permanece dentro da totalidade. Assim, a dialética é o motor da racionalidade, é o devir da razão. O grande questionamento deste presente trabalho se encontra a partir da reflexão dessa dialética que, representada pela parábola do Senhor e do Escravo, procurará demonstrar o engodo ocorrido no processo formativo da consciência e conseqüentemente, a liberdade. A metáfora mostrará que, a partir da tríade já mencionada, para que haja a verdadeira reflexão, são necessários os momentos do medo e do trabalho, ou do serviço em geral, que exigem a disciplina e a obediência.
                Todo o sistema hegeliano, ao se mover dialeticamente, descreve o movimento do Absoluto que atinge seu ápice a partir da superação da dicotomia entre o subjetivo e o objetivo. Porém, para que isso aconteça, é necessário o devir. No primeiro momento, o Absoluto ainda é Idéia (tese) e se divide em ser, essência e conceito; e, por ser em-si, tem a realidade, mas ainda não tem a existência. No segundo momento, ocorre a manifestação do Absoluto, ou seja, a sua exteriorização. Agora a Idéia está fora-de-si, é Natureza (antítese) que se divide em mecânica, física e orgânica. Esta é a idéia manifestada para ter existência. E, por fim, no terceiro momento, ocorre o retorno do Absoluto que passa, agora, a ser-para-si. Esse é o momento do Espírito (síntese), dividido em objetivo, subjetivo e absoluto. Agora, tem-se a Natureza junto com a Realidade, ou seja, a Idéia. Conclui-se, assim, o sistema hegeliano, cujo Absoluto passa a ser conhecido, goza de si mesmo e adquire a verdadeira liberdade.
                Contudo, quando se fala dialeticamente de consciência, fala-se de espírito, de absoluto, de indivíduo, de nação. Na dialética do Senhor e do Escravo estão incluídos três significados: o primeiro é filosófico, cuja consciência experimenta-se a si mesma através das sucessivas formas de saber que serão assumidas e julgadas pela Ciência e para Filosofia; o segundo é cultural, em que o homem ocidental moderno fará de sua vida uma tarefa de decifração do enigma de uma história que se desenvolve na luta por um sentido, por uma liberdade; e por fim, o terceiro, que é histórico, ou seja, a junção da filosofia com a cultura, em que o indivíduo possui a necessidade de percorrer a história da formação do seu mundo de cultura como caminho que permitirá o seu formar-se para a Ciência. Todos esses significados se entrecruzarão na dialética do Senhor e do Escravo.

Por que filosofar? O pensamento filosófico na perspectiva socrática

Por Marcos Eduardo Coró
Este trabalho é uma breve reflexão sobre a necessidade do homem de hoje ser filósofo. Sendo assim temos a seguinte questão: Por que filosofar? Para responder a esta questão recorri a um dos filósofos que está na origem da filosofia: Sócrates. Utilizei de seu pensamento e especialmente da frase que muito o inspirou: “Conhece-te a ti mesmo”. Esta frase ele viu inscrita no Dintel de Delfos e o acompanhou por toda a vida. Este trabalho se divide em três partes: a primeira parte procura mostrar quem foi Sócrates, onde e quando ele viveu, côo também a sua influência sobre a sociedade da época; a segunda parte traz uma relação entre “mito da caverna”, de Platão, e o “conhece-te a ti mesmo”, de Sócrates; já na terceira parte lança o olhar para os dias de hoje e prega a necessidade do autoconhecimento. O ser humano deve deixar as cavernas nas quais  está preso e caminhar para a luz do conhecimento.

A compreensão do Humano a partir de sua fisiologia na perspectiva de Nietzsche

 Por Marcelo Francelin
 
A Alemanha do século XIX vivia momentos significativos e conflitantes em vista de
alcançar a unificação e a modernização, além de possuir vários pensadores que se destacavam
na área filosófica. É neste contexto que nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche, no ano de 1844, o
qual dedica grande parte de sua juventude aos estudos de filologia. Ao deixar o serviço
militar, torna-se professor na Universidade da Basileia, na Suíça. Neste período conhece o
músico Richard Wagner, que se tornaria seu amigo. Depois de escrever várias obras, encerra
com Ecce Homo, em 1888, sua lista bibliográfica, como um relato sobre seus escritos, e
resumo de seus pensamentos. Nela, Nietzsche conta sua vida, seus anseios e projetos na forma
de um desabafo, pois, nesse período, está à beira de um colapso físico e mental.
A partir da obra de Schopenhauer, O Mundo como Vontade e como Representação, a
filosofia nietzscheana desenvolve-se e toma grandes proporções ao romper com os
pensamentos dos séculos antecedentes. A denominada Filosofia do martelo, também,
posiciona-se, como uma das balizas para que nasça a filosofia contemporânea. Declara o fim,
a ausência ou a desobrigação de qualquer fundamento. Considerada como irracionalista, a
filosofia nietzscheana propõe uma tresvaloração de todos os valores, em que cada indivíduo
deve propor sua própria moral, sem depender de nenhuma lei suprema, seja esta
governamental ou divina.
Como fim do niilismo, que é a busca pelo nada, o décadent deixa esta posição cômoda
e reconhece: que é humano dotado de vontade de potência e possui a fisiologia como sua
única verdade. Portanto, não há necessidade de ocupar-se com coisas frívolas, que não se tem
como prová-las ou experimentá-las. A vida humana resume-se no eterno retorno desta vida
terrena, com tudo o que nela é inerente: as alegrias, as tristezas, as vitórias e as derrotas. Nos
altos e baixos da vida fisiológica e, agora, sem nenhuma ilusão transcendental, não resta outra
coisa, para o humano, senão aceitá-la e vivê-la com destemor, com amor fati.
Somente deste modo, o homem deixa a sua condição de subumano decadente e atinge
a estatura perfeita, do novo Humano proposto por Nietzsche, que é o Übermensch. Este, por
sua vez, ainda não é conhecido por ser um protótipo, ou seja, precisa ser sempre, a ânsia de
realização de todo ser humano.

Preparem-se!

Os alunos do 2º ano de Filosofia, estão participando do seminário sobre A era das Revoluções de Eric Hobesbawm, serão publicados as resenhas. Vale apena acompanhar.
Prof. Ms Ulisses Abruzio

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SAFIL - 3º dia

Nesta quarta-feira, dia 29, dando sequência ao conteúdo programático da SAFIL (Semana Acadêmica de Filosofia), às 8h, houve a apresentação do projeto de pesquisa dos alunos do segundo ano. Contou-se com a presença do Prof. Ms. Fabrício A. Deffacci, que ministra a disciplina TCC 1 (Trabalho de Conclusão de Curso) e, também, do debatedor, o Exmo. Sr. Pe. José Carlos Frederice, Reitor do Seminário Maior “João Paulo II”.
Antes da abertura das apresentações, o Prof. Ms. Fabrício assertou que algo realmente inédito iniciara, e inferiu: “A ‘casa’ começa, agora, a conhecer o que será trabalhado nas próximas monografias”. Assim, os nove alunos compuseram a mesa e tiveram o tempo de dez minutos para cada exposição.
Seguiu-se, na ordem de apresentação, o tema do projeto monográfico do corpo discente: Paulo César Travaglini – A Ontologia da Relação em Martin Buber; Helder Emanoel da Silva – A Questão do Suicídio no Pensamento de Albert Camus; Vanderlei Vilela Francisco – A Civilização e o Aparecimento do Mal-Estar Humano, Sigmund Freud; Charles dos Reis – A Arte em Theodoro W. Adorno; William Rufato Botura – O Novo Espírito Científico Na Perspectiva de Gaston Bachelard; Lucas Michel dos Santos – Terapia Gramatical, Ludwig Wittgeinstein; Amauri Rezende de Andrade – Niilismo em Friedrich Nietzsche; Marcos Fabrício Campos – O Papel dos Intelectuais Orgânicos no Processo de Rompimento com a Hegemonia, Antonio Gramsci; e Cristóvão Cordeiro da Silva – A Reificação e Consciência do Proletariado em Georg Lukács.
Após o término das apresentações, deu-se espaço ao debatedor, Pe. José Carlos, que comentou todos os projetos, sugerindo-lhes a necessidade de manter e elevar o nível de reflexão, na busca de perspectivas desafiadoras. Salientou, ainda, a notoriedade de todos os temas abordados, uma vez que permeiam o mundo contemporâneo.
Iniciou-se às 10h20min, logo após um pequeno intervalo, a palestra “Literatura e Construção da Identidade – Algumas considerações acerca da pós-modernidade”, com a Prof. Dra. Sheila Pelegri de Sá, que possui Doutorado em Letras pela USP (Universidade de São Paulo), Mestrado em Estudos Literários pela UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Graduação em Letras, também, pela UNESP.
Tratou-se, sobretudo, de uma elucidação da obra “Ensaio sobre a Cegueira”, do polêmico escritor português, falecido recentemente, José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. Nesta obra, escrita em 1998, uma epidemia de cegueira apodera-se da humanidade; deste modo, Saramago busca retratar os aspectos da natureza humana, como, por exemplo, o egoísmo, a crueldade e, principalmente, a crueza das relações humanas, a partir do momento em que não há um olhar fiscalizador.
Como bem definiu a Prof. Dra. Sheila, o gênero romântico é o mais bem sucedido meio em que se consegue trabalhar o sujeito, já que permite a identidade deste, seja essa identidade do sujeito do iluminismo, do sociológico ou do pós-moderno. A arte é tão somente o processo de representação da vida por meio do real.
Animados pelas apresentações, ainda em fase inicial, do projeto de pesquisa dos alunos do segundo ano, e, entusiasmados pela palestra final, os presentes sentiram-se agraciados por tão proveitosa manhã. Assim encerrou-se o terceiro dia da SAFIL.

Carlos Henrique dos S. Fernandes (1º ano de Filosofia)