quarta-feira, 15 de junho de 2011

SAP (Semana de Apresentação de Pesquisas)

Dando continuidade à programação da SAP (Semana de Apresentação de Pesquisas), no segundo dia (14/06), foi a vez dos seminaristas Lucas Michel dos Santos e William Rufato Botura apresentarem suas monografias de conclusão de curso. O evento contou com a presença do Prof. Ms. Fabrício Deffacci, do Prof. Ms. Diác. Ulisses Abruzio, do Prof. Ms. Daniel Reis Lima Mendes da Silva, do Prof. Ms. Marcelo Garcia Navarro e do seminarista Anderson Medievo.
Tendo como tema de sua monografia “A recolocação da questão da linguagem e a terapia gramatical em Wittgenstein”, e abordando aspectos mais relevantes do pensamento do filósofo, o seminarista Lucas afirmou que, em sua obra “O Tratado”, Wittgenstein mostra que, para cada elemento correspondente à realidade, existe um elemento correspondente à realidade, não podendo se pensar no objeto isoladamente. Wittgenstein considera a realidade como cultura, ou seja, uma “realidade da vida”. A “universalidade da linguagem” e o “ato de comunicar ideias” (ação verbal) fazem com que a linguagem atinja a todos. Já a “terapia gramatical” visa manter a estrutura terapêutica dos “jogos de linguagem”, ou seja, quando ocorre a substituição de uma expressão por outra, alterando seu sentido. Questões éticas e religiosas não podem ser resumidas à linguagem; devem, antes, ser “mostradas”, mas não verbalizadas.
O seminarista William, em sua monografia, cujo tema foi “A negação da lógica aritotélico-kantiana frente ao Novo Espírito Científico no pensamento de Gaston Bachelard”, salientou que, em sua obra, “a Filosofia do Não”, afirma que a ciência está correta, pois traz consigo a verdade, visto que há, nela, a junção entre experiência e verdade. A ciência é composta por três espíritos: o pré-científico, o científico e o novo espírito científico. Já a filosofia não possui um princípio que não possa englobar a realidade. Apesar de vivermos numa constante busca pela verdade – busca esta que é permeada por angústias e frustrações – devemos ter a certeza de que, cedo ou tarde, a verdade virá. Devemos, assim, assumir nossa “condição bovina”, ou seja, devemos ruminar constantemente nossas concepções e, assim, buscar um equilíbrio em nossas ações. Para Bachelard, a verdade ainda está para ser descoberta. Até mesmo as verdades que já eram tidas como inquestionáveis, já não contêm mais veracidade.


Ir. Rogério Dinato, agromonge.

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